terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Birra - Já tentei de tudo!


Ataque de raiva, gritos, chiliques e o que estiver a frente lançado ao chão...
Por mais meiga e fofinha que a criança seja, ela pode sem dúvidas passar por isso.

Parte o coração quando eles fazem isso, mas eles não irão nos amar menos por nós os disciplinarmos, mas a falta de disciplina pode gerar sérios problemas para eles na sociedade. Reflita!


Resolvi abranger esse assunto devido ao que  aconteceu na sexta (09/01/2015) com a Amanda quando estávamos na casa da minha mãe.
Como vocês sabem, por cinco anos eu e meu esposo moramos em Rio Verde, e em Maio de 2014 retornamos para Goiânia. Nosso maior pesar de estarmos longe, depois do nascimento da Amanda, era dela não ter o contado direto e próximo dos avós, dos tios e primos. Mas graças a Deus tivemos a oportunidade de voltarmos, e cada dia que passa fico mais feliz em ver a ligação que a Amanda tem com cada um, a ponto de pular e gritar quando recebe a visita dos mesmos. Mas não podemos ignorar o fato de que "avó é avó","avô é avô" e "tios são tios", e basta o baby fazer um biquinho para surgir a reação "Whonnnnnnt".
Meu Deus!!!!!  Mas o que sei e afirmo, é que mãe tem que ser mãe (o mesmo serve para os pais). Da mesma forma que não podemos prever o momento exato que as birras irão acontecer, também não pode existir uma "hora certa" para que a criança seja disciplinada, seja na hora do almoço, jantar, banho, se desobedeceu, essa é a hora. Como diz o pediatra da Amanda " Ela não precisa de uma mãe boazinha e sim de uma boa mãe!" e ser uma boa mãe exige de nós aplicarmos disciplina também.
"Tadinho se você chamar a atenção dele agora só vai piorar, ele vai chorar e ainda não vai comer" por favor mãezinha, se não for disciplinado na hora, talvez aconteça de novo, e acredite da próxima vez poderá ser bem pior!
O que se deu com a Amanda, foi que depois da caminhada passei na casa da minha mãe com ela, e como de costume não podia perder o delicioso e perfeito "macarrão de mãe", mas o que eu não sabia, era que seria tão difícil de fazer a Amanda se distrair com outra coisa enquanto minha mãe cozinhava. Não servia mais ninguém, (nem eu!?) foram varias tentativas, tentei oferecer brinquedos, leva-la na calçada, mas por fim eu fui para o fogão e minha mãe, sentada no chão brincando com a neta! (Aiaiaia, eu queria o macarrão da minha mãe e não o meu! Mas, paciência!) Mas o pior estava por vir, quando sentamos para comer, ou achando que íamos comer, o "show" começou. Ela não queria que ninguém comesse, então eram gritos, se jogava no chão, arrancou a sandália, e olhava o tempo todo para minha mãe,(na esperança da avó pega-la no colo) Mas deixei bem claro: "Ninguém pega! Uma hora ela cansa e verá que nem tudo se consegue com choro e muito menos com birras!"
 Mas, será que como mães, somos as culpadas de tal comportamento??
Claro que não! É óbvio que em muitas situações podemos pensar, onde foi que erramos, que somos as piores mães do mundo e até que estamos pagando língua (quem nunca viu uma criança dar birra e pensou "comigo nunca" rsrs). É... depois que somos mães, vemos que alguns comportamentos são típicos da idade.
Como disse no começo, não preciso ter anos e anos de estudos na área, para saber que isso pode acontecer com qualquer criança, mas o que fará diferença, será a forma que você, como mãe, irá se portar diante de tal situação! Isso sim será um " divisor de águas.

Por que as crianças dão birra?
As birras são mais comuns em crianças de 1 a 3 anos idade, e dependendo pode-se estender até os 6 anos. Elas, nada mais são, que  a expressão de uma frustração que a criança possa passar, um doce negado, um brinquedo compartilhado, uma televisão desligada na hora do desenho favorito... se a criança resolve que não quer fazer algo na hora que você manda, se prepare (!), algo terrível esta prestes a acontecer. Quando a criança não fala os ataques podem ser mais intensos, mas isso, da mesma forma que sua frequência, pode variar de indivíduo para indivíduo.
As crianças agem desse forma por não serem maduras suficientes para lidar com o sentimento de frustração. Se até alguns adultos tem ataques de birras no trânsito, nos relacionamentos pessoais, o que dirá os pequenos.


O que fazer quando o ataque surgir:

Mantenha a calma (confesso que durante os "chiliques" o que mais me deixa tensa são os olhares e comentários a volta do que o choro em si) mas seja paciente mãe! Gritar, brigar e disparar a falar não vai ajudar.
  • Identifique se realmente se trata de uma birra!  Antes de tratar com a criança, você deve identificar se o que ela esta tendo é mesmo birra. Muitas pessoas podem confundir o estresse da criança, sono, fome, dor, com birra. Como mencionei anteriormente, as vezes a criança nem consegue expressar com palavras o que dirá com atitudes. Identificado, prossiga.


  •  Como agir se realmente for uma birra?  Alguns especialistas dizem que a melhor forma de lhe dar com esses ataques, é pegar no colo, mostrar como o abraço é gostoso e falar baixinho no ouvido. Outros já afirmam que deve-se ignorar, e deixar que a criança se acalme sozinha, mas é importante que a mãe, o pai ou ambos permaneçam no mesmo ambiente, afinal de contas, imagine o quão confuso é para a criança ter um sentimento tão forte assim e não saber expressar ou falar o que se sente ( qualquer um ficaria revoltado). Se os ataques do seu filho for apenas muito choro e gritos, com certeza você não terá problemas em pega-lo no colo, mas em alguns casos os ataques podem vir acompanhados de agressividade (morder, bater, chutar, se jogar no chão) então leve-o para um lugar reservado, proteja-o para que ele não se machuque e deixe que ele se acalme. Na maioria das vezes os ataques gera em torno de chamar atenção, então evite que as pessoas fiquem dando tal atenção. Mas jamais deixe-a sozinha sem supervisão de um adulto. "Você deve achar a melhor forma para lidar com seu filho através da tentativa e erro". 



  • Locais públicos: Tenho um história recente da Amanda também em uma local público. Uma dia, pela manhã o Ernani foi levar o carro para lavar, e a Amanda foi junto, na volta já estava na hora do almoço e ele nem chegou a descer com ela, apenas buzinou e eu sai. Como uma boa mãe, levei um outra roupa para a Amanda (já que o pai saiu com ela ainda de pijama, como pode? Rs) mas antes tivesse deixado ela com o pijama, ela não queria vestir a outra blusa de forma nenhuma! Fiz de tudo, mas ela chorava desesperadamente e tentava colocar o pijama por tudo. Mas eu fui firme a roupa estava suja, ela não podia  ir com ela. Conclusão: minha sogra e cunhada entraram e eu e o Ernani ficamos de fora até ela se acalmar e colocar a blusa. Por fim, estava eu e a Amanda sozinhas dentro do carro... e quando eu estava prestes a dar umas palmadas, eis que surge a luz  " Filha você esta com fome?" (óbvio que fui ignorada por um momento rs) " Nós vamos comer em um lugar que só pode entrar de roupinha, a mamãe esta de roupa, olha, você só vai poder entrar para ir até o papai se vestir 'essa' blusa que a mamãe trouxe para você, "  (é sério neste momento ouvi fogos de artifícios como música de fundo ). Tão simples! Mas, deixo claro que ela já estava bem mais calma, por isso o dialogo foi possível. Seja paciente e espere o momento certo! E em alguns casos, esteja preparado para ir embora com seu filho. Nem sempre deixar o local é uma forma de você se dar por vencido, isso serve até de aprendizado para a criança, "Você não se comportou e chorou sem necessidade, então o passeio acabou!" 



  • Deve-se levar em consideração o desenvolvimento da criança:  A partir de 2 anos, a criança começa a diferenciar o 'certo' do 'errado', e toma gosto pelo "não", "não quero", "não vou". É justamente nesta fase que podemos ajudar a criança a saber a hora que ela pode falar não. Vestir uma roupa pode parecer um processo simples para quem estava acostumada a comprar as roupas mais lindas e enfeitar os filhos como se estivesse em um desfile de moda, mas no meu caso, já cheguei a sair com a Amanda com um blusa amarela, um sapato azul e uma calcinha rosa, nem a calça ela quis vestir, então é hora de você se policiar, a criança já sabe quais as roupas são delas e pode até ter uma que prefira mais, então quando forem sair jamais obrigue-a a vestir algo que ela não queira, nem tão pouco dê total liberdade para escolher sozinha, a dica que dou é: Separe dois ou três conjuntos  e faça a pergunta da seguinte forma - "Vamos passear, qual desses você irá vestir?" Quando ela escolher, elogie bastante, isso fará que ela sinta a importância da sua opinião (quase sempre dá certo e quase nunca a mãe ou criança se frustram) O mesmo pode acontecer na hora do banho, nunca pergunte "Você quer tomar banho?" Mas, escolha um brinquedo preferido, no meu caso, " Esta na hora de tomar banho, em qual desses dois bebes (bonecas) você vai querer dar banho?" Tem funcionado muito bem! Tome muito cuidado com sua frequência em dizer não, afinal não estamos na época da ditadura rs.

  • Depois de tudo resolvido:  É importante que depois que a criança tiver sido disciplinada e estiver mais acalma, você explicar o que aconteceu e que você a entende.  Quando você passa por uma situação assim é bom expressar com palavras no momento de calmaria da criança: "Entendo que você ficou chateado, mas agora que você esta mais calmo consigo te entender melhor"- Conforme o livro "Já tentei de tudo!" - Isabelle Filliozat. Verbalize, que você entende que seu filho ficou chateado, nervoso, triste, mas que ele precisa expressar de outra forma e não chorando ou gritando. Pode parecer em vão, mas se você usar o tom certo e mostrar que se preocupa, isso será um bem e tanto para ele!


  • E por último: Ore muito por paciência, mansidão, domínio próprio e afins, você pode levar 5 minutos para ler este post, mas os ataques do seu filho pode durar horas e se não dias. Você vai precisar disso ! kkkk

Então, que todas nós tenhamos uma boa sorte!

Beijos no coração!





Um comentário:

  1. Eu como leitora...se fosse meu filho...eu ficaria com a opção de ignorar a birra rsrsrsrs...
    Acho o assunto realmente muito polêmico,mas vc abordou muito bem,colocou vários pontos interessantes.Parabéns pelo Blog.
    Boa sorte a todos(as) com seus babys....rsrsrsr

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